O Castanheiro é uma árvore de copa regular, direita, elipsoidal, densa, de altura até 30 m, com muitos ramos e muito frondosa. Possui um tronco cinzento-claro e brilhante quando jovem, fendilhando-se em placas verticais. Vive até aos 1500 anos. É caduca, e a suas folhas são simples, alternas em forma de ponta de lança, serrada-dentadas ou serradas com 10-25cm x 5-8cm, e com nervuras regulares de cor verde-intenso. Floresce entre maio e junho, sob a forma de amentilhos, com flores masculinas e femininas (na base) de 13-30cm. A maturação dos frutos dá-se entre outubro e novembro, sendo estes as castanhas, de dimensões até 4 cm de cor castanho-brilhante, pontiagudos no ápice, em grupos de 2-4 no interior de uma cúpula espinhosa, o ouriço. Naturalmente, distribui-se nos Balcãs, norte da Ásia Menor (Turquia), Cáucaso, sul e oeste da Europa. Em Portugal é mais comum no centro e norte continentais, embora também apareça no litoral alentejano e na Serra de Monchique.

 

Existem dois vocábulos para designar os povoamentos de castanheiros. Os povoamentos de castanheiros vocacionados para a produção de castanhas, dá-se o nome de “souto manso” enquanto que o povoamento vocacionado para produzir madeira é o “castinçal”. Segundo escavações arqueológicas recentes feitas em castros celtas, o castanheiro já existia em Portugal antes da chegada dos romanos. A presença do castanheiro está bem patente na toponímia de Portugal onde aparecem frequentemente designações como Souto, Castanheiro ou Castanhal. Diz o povo que “um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer”.