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Sobreiro (Quercus suber L.)

O Sobreiro é uma árvore de copa larga e arredondada, de formato irregular, de altura até 25 m (normalmente de 10 a 15 m ), de tronco grosso e largo, cuja casca é castanha, flexível e muito resistente ao fogo. Vive mais de 500 anos, mas em exploração apenas 150 e 200 anos. É de caducidade persistente, e as folhas são pequenas e simples, de cor verde-escuro na página superior e acinzentada na página inferior. Têm entre 2,5 e 10cm de comprimento e as suas margens são serradas. Flora entre abril e maio, e as flores masculinas são dispostas em cachos de 5 a 6cm. Quanto às femininas aparecem isoladas ou em pequenos grupos. A maturação dos frutos dá-se entre setembro e janeiro, sendo estes as bolotas. Estas são secas e cilíndricas, possuem 2 e 4,5cm de comprimento e cor castanho-amarelado. Estas bolotas são revestidas por uma cúpula que parece um carapuço. Distribui-se naturalmente Região mediterrânica ocidental, e em Portugal ocorre em quase todo o continente, sendo mais abundante a sul do rio Tejo.

Esta árvore da família dos carvalhos, fazia parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da ação do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do género Quercus.

O sobreiro é uma arvore extremamente bem adaptada ao clima mediterrânico: tem raízes profundas para captar água em profundidade, folhas com cutícula para impedir o excesso de transpiração, perdendo assim menos água pela superfície e uma casca espessa e esponjosa que a protege dos incêndios.

Devido à cortiça, o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. A estrutura celular dos seres vivos foi descoberta através da observação da cortiça pelo naturalista inglês R. Hooke, em 1667. Em 21 de dezembro de 2011 a Assembleia da República aprovou um projeto de resolução que declarou o sobreiro como “árvore nacional”.

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